Conheça os resultados de um estudo realizado com 902 pacientes metastáticas
Recentemente, uma nova opção terapêutica foi aprovada para pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático nos Estados Unidos, a imunoterapia.
No estudo clínico Impassion130, que foi publicado na U.S. National Library of Medicine, foram avaliadas 902 pacientes diagnosticadas com câncer de mama triplo negativo que havia se tornado metastático.
Durante a pesquisa, metade das mulheres recebeu apenas a quimioterapia, e a outra metade recebeu quimioterapia e imunoterapia.
Entre as participantes que receberam os dois tratamentos, a sobrevida média foi superior quando comparada com o grupo que foi tratado apenas com quimioterapia, tendo sido demonstrado benefício clínico evidente com o emprego da imunoterapia utilizando uma droga anti-PD-L1.
Além disso, os achados apontaram que mulheres cujos tumores eram positivos para o biomarcador conhecido como PD-L1 em suas células neoplásicas apresentaram a maior sobrevida. A avaliação da expressão de PD-L1 no CMTN também é realizada pelo médico patologista.
Triplo negativo, um raro tumor de mama
A coordenadora do Biobanco e patologista do departamento de Anatomia Patológica do A.C.Camargo Cancer Center, Dra. Marina De Brot, explica que o câncer de mama triplo negativo representa, em média, 15% dos casos de câncer de mama no mundo.
Comparado a outros subtipos, ele é mais frequente em mulheres jovens: enquanto a média de idade é de 55 a 60 anos para os demais, nos CMTNs predomina a faixa etária abaixo de 50 anos, sendo a sua prevalência maior em mulheres com menos de 35 anos.
