Conferência Magna do Next Frontiers to Cure Cancer contou com uma aula do Dr. Cameron Turtle, do Fred Hutchinson Cancer Research Center, de Seattle
A terapia com CAR-T Cells é uma das grandes novidades no tratamento para cânceres hematológicos, entre eles, leucemias e linfomas.
Essa inovação, inclusive, motivou o tema da segunda Conferência Magna do Next Frontiers to Cure Cancer: Fatores que Governam os Desfechos da Imunoterapia com Células CAR-T.
Um painel protagonizado pelo Dr. Cameron Turtle, do Fred Hutchinson Cancer Research Center, de Seattle.
CAR-T Cells: o que são
As CAR-T Cells são terapias personalizadas e agem em alvos específicos, usando células do paciente e não medicamentos sintéticos.
Trata-se de células de defesa do organismo, que são extraídas do paciente e moldadas em laboratório para combaterem seu próprio tumor.
Depois, são infundidas de volta no paciente. Ou seja, elas atuam reprogramando as próprias células do paciente contra a doença.
Achados
De acordo com o Dr. Cameron Turtle, a terapia com CAR-T Cells CD19 é um exemplo de tratamento com células efetoras imunes que podem se firmar como uma mudança de paradigma para o câncer.
“No caso da leucemia linfoide aguda e do linfoma não Hodgkin, há muito entusiasmo em relação à taxa global de resposta da CD19”, afirma o Dr. Cameron.
Complexidades
“Estamos ainda começando a entender as complexidades das abordagens com CAR-T Cells. Apesar dos sucessos em muitos casos, um dos problemas de modificar e ativar as células em laboratório é causar sua exaustão, pois são necessárias de umas a duas semanas para se fazer as modificações genéticas nos receptores ativos das células imunes (CAR-T), que reconhecem o tumor”, explica o Dr. Cameron Turtle.
“A identificação das CAR-T Cells competentes e a previsão da resposta são questões complexas”, acrescenta.
Segundo o especialista, a proliferação das CAR-T Cells nos pacientes está associada à dose de células infundidas, à carga de antígeno, à resposta imune e à qualidade intrínseca de células.
“Esta proliferação e a sobrevivência das células nos pacientes são a chave para a boa resposta ao tratamento e à toxicidade”, encerra o Dr. Cameron.
