O diagnóstico de cistos na mama pode gerar preocupação em algumas mulheres. Mesmo nos casos benignos – que são mais frequentes –, há o medo de o tumor se desenvolver para um câncer. No entanto, segundo especialistas, essa probabilidade é bastante pequena e o protocolo exige apenas um acompanhamento clínico mais regular pelo médico.
Alterações nas mamas podem ser encontradas, principalmente, após a realização de dois exames: a mamografia e o ultrassom. A partir das imagens, o radiologista classifica as alterações de acordo com o sistema BI-RADS (Breast Image Reporting and Data System), em uma escala de 1 a 6, determinando o estadiamento da doença:
BI-RADS 0 - Resultado inconclusivo. Necessita da realização de novas imagens mamográficas ou de outros exames, como o ultrassom ou a ressonância magnética.
BI-RADS 1 - Nenhuma alteração nas mamas foi encontrada. Próximo exame pode ser realizado em 1 ano.
BI-RADS 2 - Alteração com características radiológicas benignas foi encontrada. Próximo exame pode ser realizado em 1 ano.
BI-RADS 3 - Alteração provavelmente benigna. Necessário acompanhamento a cada 6 meses.
BI-RADS 4 - Suspeita de malignidade. Necessita de biópsia para confirmação. Subdivididos em: A (baixa suspeita) | B (suspeita média) | C (alta suspeita).
BI-RADS 5 - Alta suspeita de malignidade. Necessita de biópsia para confirmação.
BI-RADS 6 - Resultado comum em exames realizados durante o tratamento pré-operatório de um câncer de mama já diagnosticado. Necessário para acompanhamento da paciente.
"O risco de o cisto simples ser um câncer de mama é muitíssimo baixo", afirma o diretor do Núcleo de Mastologia, Dr. José Luiz Bevilacqua. De acordo com o especialista, o risco de essa alteração ser sintoma de um tumor maligno é menor que 1% e, por isso, não é necessário realizar biópsia, punção ou iniciar o tratamento. Ter vários cistos também não aumenta o risco de desenvolvimento de câncer. "Cistos podem ser múltiplos e isso é comum", esclarece o oncologista.
Dores nas mamas
Cistos simples geralmente podem causar dores mamárias, o que traz queixas de muitas pacientes. Esse quadro pode ser revertido a partir da orientação médica, segundo Bevilacqua. "Minha principal abordagem em casos de dores mamárias é tranquilizar a paciente, após descartar qualquer lesão suspeita de ser maligna".
Dr. José Luiz Barbosa Bevilacqua - CRM 78779
Diretor do Núcleo de Mastologia
Especialista em Cancerologia Cirúrgica - RQE nº 44954
Especialista em Cirurgia Geral - RQE nº 44955
Especialista em Mastologia - RQE nº 44956